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🎢 O impacto dos espaços inclusivos no desenvolvimento de crianças com autismo

  • Foto do escritor: Gabrielly Nicolly Morais
    Gabrielly Nicolly Morais
  • 9 de abr.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 23 de abr.

Lazer além da diversão, ambientes adaptados que estimulam o aprendizado, a socialização e a autonomia de crianças com autismo.

Foto/Reprodução: Pexels
Foto/Reprodução: Pexels

Espaços de lazer são, para muitas famílias, sinônimo de descanso, risadas e momentos de conexão. Mas e quando o ambiente não está preparado para receber todas as crianças, com todas as suas particularidades? É aí que o lazer pode deixar de ser leve e se tornar exaustivo — especialmente para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Para entender esse desafio de perto, batemos um papo com Letícia Mara Cacciolari, publicitária e mãe do Gabriel, de 6 anos, diagnosticado com autismo nível 3 de suporte. Ela compartilha como a rotina com o filho tem mostrado a urgência de repensar os espaços públicos.


🗣 Ping-Pong com Letícia Mara Cacciolari

Publicitária e pós-graduanda em Musicoterapia e Inclusão Escolar e Social no TEA


🎤 Uau! - Como é a experiência da sua criança em ambientes de lazer tradicionais? 

“É bastante desafiadora. O Gabriel ainda não fala, e isso torna a comunicação limitada e, muitas vezes, frustrante — especialmente fora de casa. Em lugares tradicionais, com muito barulho e estímulos, ele pode se desregular, gritar ou entrar em crise. O que era pra ser lazer acaba sendo cansativo pra ele e pra mim.”


🎤 Uau! - Você já encontrou espaços adaptados para crianças com TEA? Como foi?

“Ainda não encontrei espaços realmente adaptados de forma permanente. Já vivenciei experiências pontuais, em eventos de conscientização, com menos estímulos e profissionais preparados. A diferença é gritante. Mas no dia a dia, isso ainda é raríssimo.”


🎤 Uau! - Que mudanças poderiam melhorar a inclusão em espaços públicos?

“Coisas simples fazem diferença: menos barulho ou abafadores de som disponíveis, iluminação suave, instruções visuais para ajudar na compreensão de como o espaço funciona. Também incrível ter salas tranquilas para momentos de crise e, claro, capacitação dos funcionários! Muita gente ainda não sabe como agir com respeito e paciência.”


🎤 Uau! - Como o entretenimento impacta no bem-estar do seu filho?

“Quando bem pensado, o entretenimento vira uma ferramenta de desenvolvimento. Brincadeiras, música e jogos ajudam o Gabriel a se comunicar, se concentrar e se sentir pertencente. Mais do que diversão, o lazer pode ser inclusão.”


Saiba quem ajuda nessa causa 🤝




Lazer também é inclusão 💙


Após um mergulho nas ações desenvolvidas pelo Eduardo Alexandre e pela Gabriela Guimarães, a reportagem traz a atuação da terapeuta ocupacional Maria Carolina Gonçalves da Silva, que há cinco anos atende crianças, adolescentes e adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pós-graduada em TEA e Deficiência Intelectual, ela destaca o papel fundamental do lazer na construção da autonomia, do vínculo afetivo e da convivência social.


🎤 Uau! - Qual a importância do lazer e da socialização para o desenvolvimento de crianças com TEA?

O lazer contribui diretamente para o desenvolvimento das habilidades sociais. Não basta estar no mesmo ambiente que outras crianças — é preciso haver trocas, convivência, aprendizado com o outro. Isso é socializar de verdade."


🎤 Uau! - Quais as principais dificuldades enfrentadas por crianças com autismo em ambientes recreativos?

A barreira começa dentro de casa. Muitas famílias evitam sair por medo de como a criança será recebida. E, quando saem, enfrentam espaços pouco acessíveis. O cinema, por exemplo, costuma ser desconfortável: som alto, luz apagada, ar-condicionado forte e portas fechadas."


🎤Uau! - Como ações simples podem tornar um ambiente mais acolhedor para esse público?

Sessões adaptadas, como as sessões azuis, mostram que é possível. Som mais baixo, luz acesa e liberdade de entrada e saída já tornam a experiência muito mais segura e confortável para a criança e sua família."


🎤 Uau! - Há pesquisas recentes que reforcem a importância do lazer no tratamento do autismo?

“Ainda são poucas. A maioria dos estudos foca em atividades terapêuticas, como equoterapia e natação. O que falta são pesquisas que reconheçam o lazer como direito, como espaço de vínculo familiar, escolha e pertencimento. Temos muito a avançar nesse sentido."


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